Momentos delicados como o que estamos vivendo, em que é necessário o isolamento e evitar o contato com os outros, podem acarretar um mal-estar psicológico dentro de nós, um desconforto emocional intenso. Afinal de contas, somos seres sociais, e ficar longe do convívio com amigos e familiares pode gerar um incômodo e impactar o nosso sistema imunológico.
8 dicas essenciais de como minimizar esses efeitos negativos. Confira.
1. Evite o excesso de informações desnecessárias.
A hiperinformação, especialmente com o grande número de informações falsas ou exageradas compartilhadas nas redes sociais, gera angústia e ansiedade e prejudica o relaxamento e a capacidade de discernimento. Por isso, procure informar-se nos noticiários apenas uma vez no dia (por exemplo, pela manhã) e filtre conteúdos que possam alterar seu estado de humor.
2. Evite pensamentos vitimistas.
Ficar isolado não é uma punição, mas uma preservação e contribuição para o bem comum. Lembre-se de que esta é uma condição temporária e que, em breve, tudo voltará ao normal.
3. Evite solidão como percepção de abandono.
É importante aproveitas a tecnologia disponível hoje em dia para manter-se conectado com sua família e amigos, seja por mensagens, ligações ou videochamadas. Não permita que a solidão se transforme em tristeza e excesso, potencializando traços depressivos inerentes a cada pessoa. Faça-se presente, mesmo à distância!
4. Evite pessimismo como padrão de pensamento.
Somos capazes de pensar diferente para aliviar as dores produzidas pelo momento atual. Não permita que o pessimismo gere amargura, que pode ferir aqueles que estão à nossa volta.
5. Evite não fazer nada.
O ócio deve ser criativo, para não se transformar em desânimo e letargia existencial. Por isso, mantenha-se ativo e produtivo, mesmo estando em casa. Faça exercícios físicos, realize atividades manuais, jogue com os familiares, leia bons livros – enfim, preencha seu tempo para aliviar desconfortos.
6. Evite uma agenda sem compromissos.
Mesmo em casa, é importante estabelecer uma rotina diária. Organize seu tempo, incluindo os períodos voltados para a sua atividade profissional. Respeite os intervalos para almoço, pausas para café e término do expediente. E não abra mão do tempo livre (para ler e interagir com as pessoas que ama).
7. Evite viver uma perspectiva meramente individualista.
Muitas pessoas estão ficando em casa com outras pessoas do núcleo familiar. Nesse contexto, a individualidade é importante, mas não se deve ignorar a dimensão coletiva. Exerça a empatia e preze pelo bom convívio, com colaboração e apoio mútuo, para que a vida seja agradável nesse período.
8. Evite invisibilizar as “minorias”.
Dê atenção às crianças e idosos que estiverem com você nesse período. Converse, escute, compreenda e seja solidário. É necessário combater a tendência a deixá-los “de lado” (o que pode fazer com que sintam um fardo numa época tão delicada).
Não desanime! É possível superar esse momento com consciência, inteligência e empatia.
(fontes: Marcos Wagner, psicanalista / Karoline Paiva, psicóloga).