É bastante comum ouvir falar sobre a inflação alta quando se acompanha o noticiário econômico. Entretanto, o tema costuma despertar dúvidas em muitas pessoas, que não entendem exatamente o que ela significa e quais seus impactos na economia.
Compreender esse conceito é fundamental para o desenvolvimento da sua educação financeira. Assim, você poderá proteger o seu dinheiro e até encontrar oportunidades para fazer ele crescer.
Quer saber mais? Neste artigo, você descobrirá o que é inflação, como ela impacta a economia e como se proteger em tempos de alta.
Aproveite a leitura!
O que é inflação?
A inflação é o aumento geral e contínuo dos preços de produtos e serviços ao longo do tempo. Essas mudanças significam que, com o passar dos meses, o mesmo dinheiro compra uma quantidade menor de itens.
Quem já percebeu que a feira do mercado, as compras de roupas ou até a mensalidade escolar ficaram mais caras em pouco tempo, sentiu os efeitos da inflação alta no dia a dia. Mas você sabia que esse efeito não é, necessariamente, negativo?
Quando há inflação, porém, ela está sob controle — dentro das projeções do Governo — ela costuma indicar que a atividade econômica está aquecida. Se o poder de compra da população for ajustado conforme as altas, os impactos tendem a ser mais brandos.
Por outro lado, se as altas saem do controle, os países podem entrar em crise. Esses são os períodos de hiperinflação, que o Brasil viveu, por exemplo, entre as décadas de 1980 e 1990.
No país, o índice oficial da inflação é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A responsabilidade pela medição é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que acompanha a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras.
Diversos fatores podem provocar a alta da inflação. Entre eles, estão o aumento dos custos de produção na indústria, a elevação do dólar, mudanças no cenário internacional e até períodos de maior consumo interno.
Como é feito o controle da inflação?
No Brasil, o Conselho Monetário Nacional (CMN) é a entidade responsável por definir as metas de inflação para cada ano. Para 2025, por exemplo, ela era de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
O principal instrumento de controle das mudanças de preço é a taxa Selic, taxa básica de juros da economia brasileira. A definição dela é feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (Bacen).
Normalmente, quando a inflação está alta, o Copom aumenta a Selic para tornar o crédito mais caro e reduzir o consumo. Consequentemente, o esfriamento da atividade econômica tende a controlar as elevações nos preços.
Além disso, o cenário cambial merece destaque. Como a economia brasileira depende de importações e exportações, a alta do dólar mexe com os mercados e encarece custos. Muitas vezes, para evitar oscilações bruscas, o Banco Central atua no mercado de câmbio.
Quais são os riscos da inflação alta?
A inflação alta traz desafios para a vida das pessoas e para o funcionamento da economia. O primeiro risco é a perda do poder de compra, como você viu. Quando os preços sobem rapidamente, o dinheiro que antes era suficiente para pagar contas e compras do mês já não cobre os mesmos gastos.
Outro problema é a dificuldade de planejamento. Em um cenário de preços instáveis, fica complicado organizar o orçamento, definir investimentos ou até programar compras maiores, como a troca de carro ou a reforma da casa.
A falta de previsibilidade gera insegurança para consumidores e empresas. Mais um ponto é que a inflação faz com que muitas famílias tenham que cortar despesas ou se endividar para manter o padrão de consumo.
Ainda, a inflação alta pode aumentar o custo do crédito. Como o Copom geralmente precisa elevar os juros para conter a alta de preços, empréstimos e financiamentos ficam mais caros para o consumidor.
Como proteger seu dinheiro em tempos de inflação alta?
Até aqui, você aprendeu mais sobre inflação e seus reflexos na economia. Agora, confira boas práticas para adotar na sua rotina e se proteger das variações de preços!
Controlar os gastos no dia a dia
A primeira forma de proteção é ter atenção redobrada com o orçamento pessoal. Fazer uma lista de compras, comparar preços e evitar desperdícios em casa ajuda a reduzir o impacto da alta dos produtos.
Por exemplo, em vez de comprar marcas mais caras no mercado, pode ser interessante optar por versões equivalentes mais em conta. Contudo, continue avaliando a qualidade dos itens, não só o preço.
Também vale priorizar o consumo consciente, adiando gastos que não sejam urgentes. Desse modo, você evita comprometer seu orçamento em um cenário desfavorável.
Evitar dívidas desnecessárias
Com a inflação alta, você viu que os juros dos empréstimos e financiamentos tendem a subir. Isso significa que o compromisso financeiro pode sair mais caro naquele período.
Caso seja inevitável recorrer ao crédito, compare ofertas e simule condições que caibam no seu orçamento. Por exemplo, em vez de um empréstimo pessoal convencional, você pode buscar alternativas como o empréstimo com garantia. Os juros dessa modalidade costumam ser menores.
Além disso, quem já tem empréstimos em andamento pode procurar a instituição financeira para renegociar condições. Muitas vezes, é possível reduzir os juros ou alongar o prazo, de forma que as parcelas fiquem mais acessíveis ao orçamento.
Fazer investimentos
Muitas vezes, proteger o dinheiro significa encontrar aplicações que acompanhem ou superem a inflação. Dessa maneira, em vez de deixar todo o recurso parado na conta corrente, você pode avaliar investimentos de renda fixa, que são mais previsíveis, para rentabilizar o seu dinheiro.
Com a Finamax, por exemplo, você pode investir em Letras de Câmbio (LCs). Os retornos são atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), cujo desempenho acompanha de perto a taxa Selic.
Portanto, se a Selic está em alta, os retornos do seu investimento na Letra de Câmbio aumentam naquele período. Assim, em vez de ficar parado, aquele dinheiro trabalhará para você.
Neste conteúdo, você entendeu o que a inflação em alta representa para a economia e como ela impacta as suas finanças. Por isso, colocar essas estratégias de proteção em prática minimiza a redução do seu poder de compra.
Quer continuar desenvolvendo sua educação financeira? Veja como usar o crédito consciente para alcançar seus objetivos!