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Real Digital: Uma Nova Era para a Economia Brasileira

    Em uma era em que a tecnologia e a inovação são as principais propulsoras de mudanças, o setor financeiro também se atualiza em ritmo acelerado. A tendência das moedas digitais, já bem estabelecida no cenário global, deve chegar a um novo patamar no Brasil com a introdução do Real Digital. Este novo formato de dinheiro, impulsionado pelo Banco Central do Brasil, promete uma revolução no Sistema Financeiro Nacional, trazendo benefícios como maior eficiência nas transações, segurança reforçada e inclusão financeira.

    O Real Digital é uma iniciativa alinhada à vanguarda das moedas digitais emitidas por bancos centrais, conhecidas como CBDCs (Central Bank Digital Currency). É um projeto inovador que tem o potencial de reconfigurar o cenário financeiro do Brasil, promovendo mais dinamismo e segurança nas transações digitais..

    Neste post, vamos explorar o andamento dos testes da moeda digital, detalhar como está sendo construída sua infraestrutura e discutir o que esperar desse novo formato de moeda. Junte-se a nós nesta jornada para descobrir como o cenário poderá transformar a economia brasileira.

    O que é o Real Digital?

    O Real Digital é a versão digital da moeda brasileira, o real, que está sendo desenvolvida pelo Banco Central do Brasil. É também conhecida como CBDC, sigla em inglês para Central Bank Digital Currency, que traduzida significa Moeda Digital de Banco Central.

    Diferentemente das criptomoedas como Bitcoin ou Ethereum, que são descentralizadas e não possuem um órgão regulador, a Real Digital será emitida e regulada pelo Banco Central, assim como a moeda física. Seu objetivo principal é melhorar o sistema de pagamentos, oferecendo transações mais eficientes, seguras e inclusivas.

    A implementação do Real Digital faz parte de uma tendência global de digitalização das moedas nacionais, com diversos outros bancos centrais ao redor do mundo também explorando ou já implementando suas próprias CBDCs. É importante destacar que o moeda digital não substituirá o real físico, mas sim complementará as formas existentes de dinheiro no Brasil.

    Quais são as vantagens do Real Digital?

    O Real Digital, como uma moeda digital emitida pelo Banco Central, traz várias vantagens potenciais tanto para o sistema financeiro quanto para a economia brasileira. Aqui estão algumas das mais notáveis:

    1. Eficiência nas Transações: Com a moeda digital, as transações podem ser realizadas a qualquer momento e de qualquer lugar, sem a necessidade de intermediários. Isso pode tornar as transações mais rápidas e menos custosas.

    2. Segurança Reforçada: O uso da tecnologia blockchain pode proporcionar maior segurança nas transações, minimizando a possibilidade de fraudes e roubos.

    3. Inclusão Financeira: O Real Digital pode proporcionar acesso a serviços financeiros a uma parcela da população que atualmente não tem uma conta bancária ou que é sub-bancarizada.

    4. Rastreabilidade: As transações digitais são facilmente rastreáveis, o que pode ajudar a prevenir atividades ilegais, como lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.

    5. Redução de Custos: O uso de dinheiro físico envolve vários custos, como impressão, transporte, armazenamento e segurança. A implementação de uma moeda digital pode reduzir significativamente esses custos.

    6. Inovação Financeira: A introdução do Real Digital pode estimular a inovação financeira, promovendo o surgimento de novos modelos de negócios e soluções financeiras.

    7. Maior Controle Monetário: Para o Banco Central, a emissão de uma moeda digital própria pode dar maior controle sobre a política monetária e a circulação de dinheiro na economia.

    Vale lembrar que a implementação do Real Digital está ainda em fase de testes e desenvolvimento, então essas vantagens ainda estão sendo avaliadas e exploradas pelo Banco Central.

    O Projeto do Real Digital

    Uma Revolução no SFN

    O Real Digital está sendo criado como um token ERC-20, com contratos inteligentes que representam os tokens no sistema (Real Digital, Real Tokenizado, Título Público Federal). Estes foram desenvolvidos com base no padrão ERC-20, adicionando funções específicas de controle de acesso. Além disso, as interações com os contratos serão realizadas através de bibliotecas padrão Web3, tais como Web3JS, Web3J, ou frameworks como o Hardhat ou Truffle.

    Participação no Projeto

    Cada participante no piloto do Real Digital enviará o endereço de sua carteira principal para cadastro. Ela será a carteira default do participante, que poderá habilitar outras carteiras para receber Real Digital. O token na rede será criado pelo Banco Central do Brasil, enquanto a gestão do token ficará a cargo da carteira default do participante.

    A Implementação do Real Digital

    Segundo a Iniciativa Real Digital, a intenção é que as discussões sejam o mais democráticas possíveis. O Fórum Real Digital servirá como um canal de comunicação efetiva e transparente entre os participantes, promovendo consultas, troca de informações e orientação quanto ao desenvolvimento da plataforma do Real Digital.

    O Real Digital promete ser uma verdadeira revolução no Sistema Financeiro Nacional (SFN), assim como o Pix e o Open Finance. As discussões e especificações do projeto serão debatidas com diversos públicos envolvidos em sua implementação, tais como desenvolvedores de tecnologias, provedores de serviço de tecnologia da informação, instituições financeiras e outros órgãos reguladores, além dos servidores do BC envolvidos diretamente com a iniciativa.

    Transparência na Criação

    Em um movimento que promove ainda mais a transparência do projeto, o Banco Central divulgou os detalhes do código-fonte que foi usado para criar toda a infraestrutura que será usada na fase de testes com o piloto do Real Digital. Essas informações estão disponíveis no GitHub, permitindo que observadores externos avaliem as informações e contribuam para o projeto.

    Com a introdução da moeda digital, o país se junta a uma lista crescente de nações explorando o potencial das CBDCs para transformar suas economias. O Real Digital, com suas capacidades de programabilidade, trará uma camada adicional de segurança e confiança para as transações financeiras, podendo ter um impacto significativo em muitas áreas.

    Quando o Real Digital vai ser lançado?

    O Banco Central do Brasil prevê que o Real Digital será lançado para todo o público até o final de 2024. Antes disso, haverá uma fase de testes com o projeto piloto, que terá como objetivo criar, desenvolver e testar toda a infraestrutura necessária para o funcionamento. Isso inclui garantir a privacidade e a segurança das transações.

    Os participantes selecionados para a fase de testes serão integrados à plataforma até julho deste ano, iniciando assim as suas operações. A expectativa é que a fase do piloto seja concluída até o final do primeiro semestre do próximo ano. O piloto irá testar um caso de uso específico: a transação de um título do Tesouro tokenizado entre clientes de instituições bancárias diferentes.

    De acordo com o Banco Central, o Real Digital, como uma moeda digital de banco central, está entre as iniciativas mais avançadas do mundo em termos de CBDCs. Os possíveis usos da moeda Digital estão sendo estudados e propostos como parte do desafio LIFT, iniciado pelo Banco Central.

    O Futuro

    O Real Digital tem o potencial de reformular o panorama financeiro brasileiro, trazendo mais eficiência, segurança e inclusão financeira. Embora o lançamento para o público esteja previsto apenas para o final de 2024, o Banco Central já está em plena fase de testes com empresas selecionadas.

    O caminho até o lançamento definitivo da moeda digital ainda é longo e cheio de desafios. No entanto, o potencial de transformação desta iniciativa é enorme, tanto para os indivíduos quanto para a economia do país. O desenvolvimento de uma moeda digital coloca o Brasil na vanguarda da inovação financeira, um movimento que poderá trazer grandes benefícios para a população brasileira e para o futuro do sistema financeiro do país.

    Fontes e Referências

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